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Ainda sobre o tema que abordei sobre relacionamentos aqui nesse post, preciso me manifestar pois ainda não me libertei completamente do assunto.
Depois que assisti o filme, comecei a pensar e dar a importância
que ele merecia. Logo no inicio da minha vida quase adulta, ou seja, por volta
dos meus 17 ou 18 :( anos comecei a namorar um rapaz, ele tinha olhos verdes mais
lindos do planeta e naquela época, fiquei tão apaixonada que durante um período
não conseguia pensar em outra coisa que não fosse ele.
No auge da minha silhueta 38 - cujo numero nunca mais foi
esquecido por mim – eu era uma moça de modos simples e vinda de uma criação em
que a mulher deveria sujeitar-se ao seu homem em nome do amor. Coisa antiga eu
sei, mas essa foi a educação que recebi de meus pais.
Logo, a paixão foi crescendo e meus pais permitiram o namoro
em datas e horários específicos, tudo a moda antiga. Um longo período se passou
até que eu começasse a perceber que aquele moço tinha problemas. Problemas
relacionados a sua personalidade e a quem ele realmente seria por dentro, por
que no final das contas, quem agride o outro para se promover tem sérios problemas psíquicos.
Pra encurtar a história, durante os três primeiros anos de
namoro lembro-me de ser feliz, e de estar feliz ao seu lado, mas depois, assim
como tudo na vida as coisas foram tomando rumo e se encaixando até que aquele
relacionamento começou a me sufocar, a me prender, a me humilhar e a ter consequências
desastrosas em mim e na minha personalidade.
Sofri muito e esse sofrimento ficou muito evidente na minha
vida, passei a agir não pensando em mim e sim para agradar meu namorado. Não
comprava mais roupas para me sentir bem ou que fizessem sentir bonita, eu
comprava simplesmente a roupa mais fechada para que ele não sentisse ciúmes.
Mudei meu estilo de roupa e nem batom eu usava e tudo para que ele não ficasse
bravo comigo. Eu não posso acreditar que um dia fiz isso, juro.
Minha mãe fazia muito isso, renegava seus desejos para
agradar o marido, então naquela época, achei que era o certo a se fazer para
preservar meu relacionamento com aquele rapaz. Pobre de mim, sofri humilhações,
agressões físicas e morais e de todas as formas possíveis que pude imaginar até
que me cansei.Terminei o namoro, depois de me sentir um lixo.
Porque tudo na vida tem um limite, nós temos um limite. Eu
sofri muito e na época não entendia que se doar e amar não queria dizer ser
escrava sentimental de outra pessoal. Hoje vivo uma relação tão confortável,
sem neuras e sem traumas. Meu marido é a melhor pessoa e foi especialmente feito pra mim!
O sofrimento é tão necessário na vida, o que eu sempre digo é
que ele não pode permanecer conosco todos os dias, mas de vez em quando ele tem que ser presente para nosso amadurecimento. Que minha experiencia sirva de alerta para pessoas que ainda sujeitam-se a esse tipo de tratamento.
Mona,
ResponderExcluirNão posso dizer que um dia tive um relacionamento abusivo tão forte, mas algumas coisas que fiz que hoje em dia não aguentaria. Nunca mudei minhas roupas ou batom por conta de homem, mas tive um namorado que não gostava que eu fosse tão simpática com os outros, que eu não sorrisse tanto. Pode isso? Uma forma de abuso também. Era triste e não sorria mais. Felizmente acordei e hoje se é para estar comigo tem que aceitar meu bom humor sempre! Aprendemos!
Beijos
Adriana
Mona, como isso é reconfortante!! Um post desse serve de alerta pra muita gente, inclusive eu que já tive relacionamentos assim.. afff, é um horror!!
ResponderExcluirMuito obrigada por compartilhar, adorei!!
Bjos e boa semana!
http://blogdmulheres.blogspot.com.br/
Vc é uma linda! Só sabe a dor e o sofrimento quem já passou né...
ExcluirOlá Monalise, parabéns por abordar um assunto,
ResponderExcluirque ainda é muito difícil para as pessoas encararem.
Seu texto foi leve e muito pontual. É interessante
como mudamos, quando estamos com pessoas
"doentes", nós vamos nos anulando para que a
pessoa possa crescer em cima da gente. Hoje,
não acredito que sejam doentes, são pessoas
sem caráter, que se encostam na pessoa que
admiram e vão sugando-lhe a vida. Eles só
crescem, em cima de alguém. Ainda bem que
se livrou a tempo e pode aprender a lição.
Parabéns pelo texto e pela coragem de expor.
Abraços carinhosos
Verdade Maria. Obrigada pelo Elogio ao texto.
ExcluirOlha, já vivi relacionamento abusivo disfarçado. Vc me encorajou a escrever.
ResponderExcluirTo esperando o Texto ansiosa!
ExcluirMona que história, minha b irmã sofreu um abuso v assim, mas não foi tão fácil se sair o cara pirou, agrediu ela, me ameaçou, ameaçou meus país, como somos muito ligadas o cara me seguia pra me fazer mal já que não encontrava minha irmã, tive que sair do emprego acredita, fizemos inúmeros boletim de ocorrência, mas não deu nada!!! minha irmã foi para outro estado só depois voltou... um inferno
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