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Memorial da Resistência

28 de maio de 2014
A violenta repressão da ditadura civil-militar no Brasil deixou heranças de dor sobre toda a sociedade, tanto para os familiares e amigos quanto para os que naquela época também conviveram com a repressão.
A mostra que ocorre na Estação Pinacoteca de São Paulo busca através do registro, depoimentos e imagens, mostrar parte das conquistas alcançadas pelos familiares em busca daqueles que ainda se mantém desaparecidos e também, da condenação dos agentes públicos que à época cometeram diversos crimes.

Esses familiares que desde a repressão, tentam de alguma forma trazer a lembrança e resistência a tudo que foi dito, escrito, e até mesmo falado sobre tal assunto.


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Mensagem na entrada da exposição

Em 1979 Suzana Keniger Lisboa denuncia que localizou os restos mortais de seu marido (desaparecido político) Luis Eurico Tejera Lisboa enterrado com nome Falso no cemitério Dom Bosco em Perus. A partir daí, descobre-se um cemitério clandestino onde todos os corpos daqueles que morriam em tortura eram levados.

       Nesse percurso da exposição, também são abordados todo o desenrolar a seguir perante jornais e entre os órgãos governamentais apresentando assim, a responsabilidade dos que praticaram os crimes durante o período da ditadura. Também são apresentadas as manifestações populares que ocorreram à época.
  
         Nessa sala também havia telas interativas em que podíamos conhecer um pouco mais sobre a história da ditadura e ler algumas reportagens publicadas na época.

      Um corredor frio, com pouca luz e som de vozes vinham num primeiro momento, adentrando pudemos sentir através das celas todo o sofrimento das pessoas que ali estiveram presas.

           
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O Banho de Sol dos presos

            Um corredor longo com escritos que mostravam que os presos apenas tinha uma hora por semana de banho de sol, e que eram monitorados por homens armados. As grades praticamente selavam toda e qualquer brecha evitando que os presos pudessem fugir. Algo terrivelmente assustador.

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Sala com depoimentos de antigos presos

          Eram três celas expostas. A primeira tinha pouca luz, paredes riscadas com dizeres e datas de pessoas comuns que sofreram e que de algum modo não podiam expor ou exprimir o que sentiam, e por isso, riscavam as paredes Uma toalha velha e suja (com sangue) marcava o canto da cela. Um colchão e um travesseiro ficavam sob um chão frio e sujo. O banheiro igualmente sujo e rabiscado tornava o lugar ainda mais triste.

           Fiquei chocada com o realismo e por estar dentro de um local onde toda aquela história da ditadura se passou. Fiquei muito envolvida com toda essa história que pouco tinha conhecimento, saber que houve e ainda existe uma luta para que esses crimes sejam punidos, até me deixa com uma sensação de dever cumprido quanto a minha função de cidadã.
           
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Trazendo para a atualidade, é importante ver que exercemos mal ou não valorizamos o nosso direito democrático, por falta de conhecimento histórico. E essa ignorância nos faz ir às urnas, sem exigir que aqueles que vamos colocar a frente do poder, possa nos representar com o devido compromisso e respeito. Isso é não valorizar todos os esforços que foram feitos no passado para que pudéssemos simplesmente ter o direito de eleger quem quisermos para nos representar.  

Mais imagens sobre a exposição:

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Banheiro

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Em outra cela, apenas um luz amarela que iluminava uma rosa vermelha. A sala tinham bancos em que os visitantes podiam sentar e ouvir relatos que eram contadas por ex- sobreviventes das torturas sofridas na época da ditadura.

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Banheiro


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Informações sobre o Memorial da Resistência Aqui

3 comentários :

  1. Oi Monalise, esse assunto sempre nos dá arrepio, mas quero parabenizar pelo novo blog, ficou lindo, abraços carinhosos
    Maria Teresa

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  2. Menina,
    Muito legal esse memorial, quando eu estiver em Sampa vou tentar dar um pulinho lá...com certeza, ainda tem muita coisa pra se "descobri" daqueles anos terríveis.
    Beijos

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  3. OI Monalise, é triste ver que coisas como estas aconteceram e que como vc falou agente ainda não da valor ao que temos hoje, por mais triste que nosso pais ainda seja e que atrocidades ainda aconteçam temos que valorizar o status que chegamos e tentar não retroceder!!
    Vou tentar ir na exposição.
    Bjs

    Gélia

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@dividindoexperiencias e para coisas de dona de casa @casa_arte_cozinha :) obrigada por comentar!