O Pitaco dos familiares que não me interessa

Acho impressionante como sofro com as críticas que recebo, não queria ser assim, mas infelizmente é assim que eu me sinto. Críticas que eu não aceito por não partilhar o mesmo pensamento.

Sou uma mãe boba, gosto de educar meus filhos seguindo os meus princípios, a base da minha educação. O que não foi bom pra mim (com base na educação dos meus pais), eu não quero repetir para meus filhos. O fato é quando terceiros e principalmente familiares, querem educar no nosso lugar tirando nossa autoridade perante os filhos, me deixa muito irritada.

Iiii ai a conversa fica um pouco mais profunda. Sim isso mesmo, profunda. O que é certo para mim, não é certo para você, correto? Isso chama-se DIVERGENCIA DE OPINIÕES. Já falei em outro texto publicado aqui mesmo sobre a divergência de opiniões X educação.

Sou uma mãe 24 horas em alerta, ensino, brigo, castigo e tudo, pra fazer deles um futuro adulto “pensante”. Ai você se pergunta: pensante? O que ela quis dizer com isso. Explico:

Um adulto PENSANTE é definido por mim como uma pessoa capaz de ter suas próprias opiniões e não ser manipulado por terceiros.

O meu desejo é que meus filhos saibam diferenciar o que é bom ou ruim pra eles. Eu demorei muito pra aprender o que era bom ou ruim pra mim. Sofri demais porque aprender não é fácil, envolve dor e logo eu como mãe, não quero que eles sofram, embora saiba que isso será inevitável no decorrer da vida. Pois bem, voltamos ao motivo original do post. O “Pitaco” dos familiares que não me interessa.

Como uma boa jornalista gosto muito de escutar histórias de vida, experiências, histórias da infância, me divirto e rio muito. Acho fantástico saber um pouco mais da história de nossas origens, isso me proporciona analisar “de um modo bem relevante” a trajetória familiar que vivemos, de onde viemos e tudo mais. Gosto mesmo de histórias de vida, e gosto principalmente, quando as pessoas as contam, demonstrando seus sentimentos de alegria ou tristeza.

Acho que as pessoas (principalmente familiares) confundem muito as coisas, querer opinar em tudo na vida do outro mesmo que seja seu filho e isso (em minha opinião) não dá o direito de decidir por eles. Sendo mais clara: não dá pra ficar CORRIGINDO um adulto com a desculpa de EDUCA-LO e QUERER QUE ELE FIQUE BEM. Depois de formada a personalidade, dificilmente a pessoa mudará seu jeito.

O pior não é isso, é achar que só VOCÊ é certa e a sua opinião é a que vale e a que deve permanecer como LEI. Desculpe mais isso não vale pra mim. Eu também estaria sendo muito inconsistente se dissesse que nunca fiz isso, querer que a minha opinião seja a lei, eu já fiz isso, mas me policio ao máximo para não ser assim, ou influenciar pessoas para que não sejam assim.

Um assunto muito polêmico pra mim é essa questão de educação, não deixo e não quero que NINGUÉM interfira na educação dos meus filhos. Se eu estiver errada em minhas opiniões logo saberei, porque o tempo não deixa nada passar em branco, tudo é revelado. 

Saberei se toda essa minha luta será em vão, mas quero aprender errando, por isso não aceito que venham opinar sobre a forma que devo educá-los ou não. Não quero ser privada de viver cada momento com meus filhos, mesmo que esses momentos me provem através da dor que eu estou errada.