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Falando sobre o filme "Quando nasce uma estrela' estrelado por Lady Gaga e Bradley Cooper

9 de novembro de 2018
Sério gente, que filme foi esse? Amei de uma tal maneira que queria pegar todo mundo pela mão e levar pro cinema para assistir. Sério. Antes preciso avisar que em alguns momentos darei spoillers, por isso, fica a teu critério continuar a leitura do post ou não.

Quando nasce uma estrela filme Lady Gaga
imagem de divulgação
Quero falar aqui sobre as duas experiências que tive no dia que fui ao cinema, uma delas é sobre o filme e a outra, sobre minha luxação no pé. Pensei em fazer os assuntos em posts diferentes, mas resolvi falar tudo de uma vez só.

Lady Gaga fez o papel de Ally e Bradley de Jackson Maine. Ally é aquela típica moça cheia de sonhos e que tenta a qualquer custo ganhar a vida de forma honesta, mas não abandona seus sonhos, que no caso, é ser cantora.

Jackson é o cantor que está em alta, tem uma voz incrivelmente espetacular, mas vive num mundo em que realmente não queria estar. Enfrenta muitos demônios internos e o resultado de tudo isso é o alcoolismo, uso de drogas além de uma vida completamente sem graça. Além de tudo isso, ele convive com uma deficiência auditiva que vai se agravando no decorrer do filme.

Quando nasce uma estrela filme Lady Gaga
imagem de divulgação

Certa noite, após sair de um show ele decide parar em um bar para beber, chegando nesse bar encontra Ally cantando, totalmente desfigurada por conta de sua performasse como drag. Entenda desfigurada como mudança de sua aparência original.

Essa é a quarta versão do filme Nasce uma estrela, eu confesso que não conheço as outras versões, por isso me limitarei a falar somente da que eu acompanhei.

Esse filme teve a direção de Bradley, que ao mesmo tempo em que ele atuava como protagonista também dirigia. Achei as cenas muito lindas e também as cores. Vimos cenas claras e cenas em palcos e shows, sempre muito bem integradas e de forma que não ficasse tão repetitivo ao telespectador. Emoções eram transparecidas a todo momento em olhares e gestos. Por ter como protagonistas cantores, as músicas que compõem o filme são incrivelmente lindas.

A minha música preferida é Shallow, que foi escrita especialmente para o filme. Em uma entrevista a uma radio da Inglaterra, Lady Gaga afirmou que compôs a música com Mark Ronson, Andrew Wyatt e Antony Rossomando. A música mostra duas pessoas conversando sobre chegar até o fundo do poço. Ela foi lançada aqui no Brasil em setembro, antes do lançamento do filme.


Após idas e vindas de Jackson, ele tenta continuar a relação, mas não é capaz de suportar todo o sofrimento em que vem passando, tirando assim a própria vida. É triste, é esperado, mas é real. Tem poucos dias que fiz uma série de postagens aqui no Blog falando sobre suicídio, e analisando mais profundamente, Jackson dá sinais de que vai se suicidar.

E já que o texto se encaminhou para um lado mais  DARK da coisa, quero falar sobre minha luxação do pé, adquira ao final da sessão do filme Nasce uma estrela.

Humildemente após terminar o filme, esperei as luzes se acenderem como de costume, mas não se ascenderam, preocupada com o horário, pois já passava das 0h decidi me dirigir a porta da saída, atitude normal.

Desci as escadas que estavam com iluminação em alguns degraus até chegar o maldito ultimo degrau. Eu estava me orientando pelas luzes já que estava tudo parcialmente escuro, foi quando próximo a porta de saída de emergência (por onde conduziram todos que estavam na sessão para a saída) o ultimo degrau não tinha iluminação, e inocentemente achando que ali teria o termino da escada continuei a caminhar, pensando que seria plano.

Depois meu amigo, o que eu me lembro irei discorrer nessas poucas palavras.
Cenas que intercalavam entre dor, alguém tirando minha sandália, tentando me sentar, cenas escurecendo, ao fundo a música final do filme e meu marido tentando falar comigo... tudo escureceu... cerca de 5 a seis minutos depois ouvi meu marido me chamando, consegui vê-lo e nada do bombeiro chegar.

A dor foi tão forte e intensa, que desmaiei novamente, meu marido me relatou depois que tive uma pequena convulsão e foi nessa hora que o ouvi novamente, baixo e longe, me chamando. Tentando me manter calma, pedindo que eu respirasse. Tudo escureceu novamente...

Acordei com o bombeiro me chamando, tentando fazer com que eu me sentasse, a dor era tão intensa que eu não consiga me concentrar no que as pessoas estavam tentando falar.  Foi uma experiencia terrível, jamais passei por algo assim.

A cadeira de rodas chegou... me levaram para a enfermagem - sem enfermeira - do shopping Itaquera, o bombeiro a todo tempo se comunicava comigo e pediu para olhar meu pé, nessa altura do campeonato, meu pé já tinha inchado e a dor não tinha diminuído. Então já com consciência questionei se não iriam me levar para um hospital, foi então que o bombeiro me informou que não havia ambulância disponível no shopping e que o que eles poderiam fazer era chamar o SAMU, mas que ele já tinha tido a experiencia que o SAMU demoraria no mínimo 2 horas para chegar.

Nesse momento, olhei friamente nos olhos dele e entorpecida pela dor não pude me controlar, lágrimas começaram a correr pelos meus olhos, e muitas ideias começaram a passar pela minha cabeça, uma delas inclusive sobre o fato de que toda aquela situação era bizarra e que como assim um shopping não tinha uma ambulância para socorrer vítimas?

E olha que mesmo estando com muita dor eu tinha plena consciência de que meu problema não era tão grave assim, eu poderia simplesmente ter batido a cabeça em um dos degraus da escada e ter tido um outro problema mais grave, e como eles iriam me socorrer? Como seria? E se eu não pudesse esperar por duas horas? Toda essa situação me veio a cabeça em um curto espaço de tempo. Imaginei os trabalhadores que ali ficam após o horário de expediente, e se eles se acidentarem? Quem vai socorrê-los?

Apesar de todo o sofrimento - e de certa forma humilhante - que passei, meu marido se viu obrigado a assinar um termo em que assumiu totalmente a responsabilidade pelo que eu havia sofrido ali para me levar imediatamente ao hospital. Ainda por cima, o bombeiro pediu que ele me deixasse em um canto enquanto pagava o estacionamento. Que humilhação! A minha dor nada tinha importância? Fiquei tão chateada e me sentindo tão impotente. Foi constrangedor, muito constrangedor.

Hospital Planalto em São Paulo,
Pisos quebrados, negligência, descaso, falta de respeito. 

 Não irei me alongar sobre o tratamento no hospital Planalto em SP, um hospital totalmente carente de estrutura, horrível. 12 dias é o tempo que preciso ficar em repouso para finalmente tirar o gesso do pé, e ainda não sei se precisarei de sessões de fisioterapia para recuperar os movimentos. Logo conto a vocês cenas dos capítulos dessa novela.

Hospital Planalto em São Paulo,
Hospital Planalto em São Paulo, totalmente carente, sem estrutura, pisos quebrados dificultando a circulação com a cadeira de rodas. Abandono na rede pública de atendimento.

Depois de 12 dias irei atrás do responsável pelas salas de cinema do shopping para questionar sobre as luzes de orientação dentro da sala do cinema. Veremos que resultados teremos.

Meu pé antes da imobilização

Bom, é isso, sem delongas.

2 comentários :

Vamos trocar conhecimento, deixo meu instagram pra vc me acompanhar mais de perto,
@dividindoexperiencias e para coisas de dona de casa @casa_arte_cozinha :) obrigada por comentar!