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A minha solidão e o meu desespero

26 de março de 2019

Olá pessoas como estão?

Estou aqui ensaiando para escrever esse post, pois devido aos últimos acontecimentos eu me coloquei em cheque sobre o que publico por aqui no blog.
Basicamente quem me acompanha sabe que tenho o blog há bem mais de 8 anos, pra ser mais exata, há uns 10 anos o tenho, sendo que o tornei publico somente com o nascimento do meu filho João, há nove anos.



Eu passei por tantas fases como blogueira, como jornalista, como mãe e também como mulher, e todas essas minhas fases estão registradas nesse blog. Aqui é como se fosse um diário virtual da minha vida, no qual eu conto somente as coisas boas e que me fazem ou fizeram felizes.

Muitas coisas eu não exponho aqui, mas tento abordar alguns assuntos de uma forma mais “jornalística”, sobretudo no quesito maternidade. Eu prezo sempre a privacidade dos meus filhos. Eu não os exponho sem antes pedir autorização. Sei que esse é um ambiente virtual e que aqui, as coisas ficam registradas.

Rumando a conversa para um assunto que quero chegar, eu estive bem desanimada com os últimos acontecimentos, principalmente sobre o caso da escola de Suzano. Para quem não sabe, moro em Itaquera, zona leste de SP, Suzano portanto é uma cidade próxima e que eu costumo frequentar.

Acho que esse foi um dos motivos que esse caso teve tanta importância para mim, não que eu me abstenha da dor alheia, mas a proximidade me gerou indignação e uma profunda tristeza. Eu sou mãe, e como mãe eu quero dar continuidade nesse texto.

Antes preciso dizer que as mães não são culpadas por tudo que ocorre aos seus filhos, mas penso que elas fazem parte de todo esse processo. O ‘fazer parte’ nesse sentido significa que essa é só mais uma tragédia que está sendo causada por filhos que em seu processo educacional não foram assistidos. Explico:

Um dos meninos, o de 17 anos foi o mais ativo na chacina promovida na escola. O menino de 17 anos, foi o mentor e planejou um crime bárbaro contra outros alunos da escola em que anos antes, ele foi acolhido. Como esse menino de 17 anos planejou tão friamente um crime desse sem que ninguém tenha notado?

 Sem que um responsável tenha observado o seu comportamento? Esse mesmo menino andava com os outros dois amigos sem acompanhamento de alguém que observasse o seu dia a dia.  Esse menino postou em suas mídias sociais fotos com arma de fogo e nenhum familiar ou parente viu?

O que temos especificamente nesse caso é um abandono e uma solidão na vida dessa pessoa que me dói só de pensar. E estendendo mais a nossa sociedade, você parou para pensar em quanto estamos sendo pais que fogem da batalha, pais que criam os filhos mas não o educam? Pais que valorizam mais a posse de seus bens do que s convivência com o filho?

Temos uma geração de pais e mães que são os super empresários, que são os super profissionais, que cresceram na vida através do seu esforço... pais egoístas que preferem os bens a conviver com os filhos nem que seja por meia hora na semana!

Eu sempre digo isso em conversas informais, e acho que nunca mencionei aqui no blog: Ter filho é fácil. Sustentar filho é fácil. Difícil mesmo é educar, é ensinar valores, é entender e praticar o exercício da empatia.

Estamos nos tornando pais horríveis, pais que não educam, pais que não querem educar. Meu DEUS! Pais que estão presentes fisicamente, mas com suas mentes focadas em seus aparelhos eletrônicos. Pais egoístas...  Que tipo de pai nossa geração tem se tornado???

Nesse questionamento percebi que preciso voltar aos primórdios desse blog e falar sobre criação, sobre amor, sobre educar, sobre valorizar e amar o seu filho.... Percebi que como uma pessoa que emite opiniões na internet eu preciso mudar e voltar a fazer conteúdos que para mim são tão óbvios, mas que para alguns são questões complicadíssimas!

Eu queria trocar conteúdo e troca experiencia com leitores em que meu foco fosse apenas desfrutar desse período que passou, para mim era claro que mães e pais são super evoluídos no âmbito “criação de filhos”. Não quero aqui repreender meu leitor, de maneira nenhuma, mas quero que esse blog sirva como uma experiencia, que seja como um livro de consulta. Que ele possa inspirar...

Eu sinto que preciso falar, que preciso me posicionar diante das causas que eu acredito. Eu sinto que preciso falar... escrever... e que se eu me calar, estarei negligenciando minha função social, a de dividir experiencias. Mesmo que essa função social por hora seja exercida somente pelas mídias sociais.

E diante desse texto desabafo deixo você leitor com toda essa inquietação que me assola...

Um comentário :

  1. Tem muitos pais que acreditam que criar os filhos é apenas colocá-los no mundo ou passar a responsabilidade para a escola. Não funciona assim. Tem que ter acompanhamento, conversa e exemplo.
    Bom fim de semana!

    Jovem Jornalista
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    Até mais, Emerson Garcia

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