Olá pessoas como estão?
Estou aqui ensaiando para escrever esse post, pois devido
aos últimos acontecimentos eu me coloquei em cheque sobre o que publico por
aqui no blog.
Basicamente quem me acompanha sabe que tenho o blog há bem
mais de 8 anos, pra ser mais exata, há uns 10 anos o tenho, sendo que o tornei
publico somente com o nascimento do meu filho João, há nove anos.
Eu passei por tantas fases como blogueira, como jornalista,
como mãe e também como mulher, e todas essas minhas fases estão registradas
nesse blog. Aqui é como se fosse um diário virtual da minha vida, no qual eu
conto somente as coisas boas e que me fazem ou fizeram felizes.
Muitas coisas eu não exponho aqui, mas tento abordar alguns
assuntos de uma forma mais “jornalística”, sobretudo no quesito maternidade. Eu
prezo sempre a privacidade dos meus filhos. Eu não os exponho sem antes pedir
autorização. Sei que esse é um ambiente virtual e que aqui, as coisas ficam
registradas.
Rumando a conversa para um assunto que quero chegar, eu
estive bem desanimada com os últimos acontecimentos, principalmente sobre o caso
da escola de Suzano. Para quem não sabe, moro em Itaquera, zona leste de SP,
Suzano portanto é uma cidade próxima e que eu costumo frequentar.
Acho que esse foi um dos motivos que esse caso teve tanta importância
para mim, não que eu me abstenha da dor alheia, mas a proximidade me gerou indignação
e uma profunda tristeza. Eu sou mãe, e como mãe eu quero dar continuidade nesse
texto.
Antes preciso dizer que as mães não são culpadas por tudo
que ocorre aos seus filhos, mas penso que elas fazem parte de todo esse
processo. O ‘fazer parte’ nesse sentido significa que essa é só mais uma
tragédia que está sendo causada por filhos que em seu processo educacional não
foram assistidos. Explico:
Um dos meninos, o de 17 anos foi o mais ativo na chacina
promovida na escola. O menino de 17 anos, foi o mentor e planejou um crime bárbaro
contra outros alunos da escola em que anos antes, ele foi acolhido. Como esse
menino de 17 anos planejou tão friamente um crime desse sem que ninguém tenha
notado?
Sem que um responsável tenha observado o seu comportamento? Esse mesmo
menino andava com os outros dois amigos sem acompanhamento de alguém que
observasse o seu dia a dia. Esse menino postou em suas mídias sociais fotos com
arma de fogo e nenhum familiar ou parente viu?
O que temos especificamente nesse caso é um abandono e uma
solidão na vida dessa pessoa que me dói só de pensar. E estendendo mais a nossa
sociedade, você parou para pensar em quanto estamos sendo pais que fogem da
batalha, pais que criam os filhos mas não o educam? Pais que valorizam mais a
posse de seus bens do que s convivência com o filho?
Temos uma geração de pais e mães que são os super empresários,
que são os super profissionais, que cresceram na vida através do seu esforço...
pais egoístas que preferem os bens a conviver com os filhos nem que seja por
meia hora na semana!
Eu sempre digo isso em conversas informais, e acho que nunca
mencionei aqui no blog: Ter filho é fácil. Sustentar filho é fácil. Difícil
mesmo é educar, é ensinar valores, é entender e praticar o exercício da empatia.
Estamos nos tornando pais horríveis, pais que não educam, pais
que não querem educar. Meu DEUS! Pais que estão presentes fisicamente, mas com
suas mentes focadas em seus aparelhos eletrônicos. Pais egoístas... Que tipo de pai nossa geração tem se
tornado???
Nesse questionamento percebi que preciso voltar aos primórdios
desse blog e falar sobre criação, sobre amor, sobre educar, sobre valorizar e
amar o seu filho.... Percebi que como uma pessoa que emite opiniões na internet
eu preciso mudar e voltar a fazer conteúdos que para mim são tão óbvios, mas
que para alguns são questões complicadíssimas!
Eu queria trocar conteúdo e troca experiencia com leitores em
que meu foco fosse apenas desfrutar desse período que passou, para mim era
claro que mães e pais são super evoluídos no âmbito “criação de filhos”. Não
quero aqui repreender meu leitor, de maneira nenhuma, mas quero que esse blog
sirva como uma experiencia, que seja como um livro de consulta. Que ele possa
inspirar...
Eu sinto que preciso falar, que preciso me posicionar diante
das causas que eu acredito. Eu sinto que preciso falar... escrever... e que se
eu me calar, estarei negligenciando minha função social, a de dividir experiencias.
Mesmo que essa função social por hora seja exercida somente pelas mídias sociais.
E diante desse texto desabafo deixo você leitor com toda
essa inquietação que me assola...
Tem muitos pais que acreditam que criar os filhos é apenas colocá-los no mundo ou passar a responsabilidade para a escola. Não funciona assim. Tem que ter acompanhamento, conversa e exemplo.
ResponderExcluirBom fim de semana!
Jovem Jornalista
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Até mais, Emerson Garcia